As sonoridades de María Betania Trio e Triúna Mantra vão embalar o reencontro da Mostra Tum Tum com o seu público. São 10 anos de trajetória na Serra Gaúcha e, desde março de 2020, a energia da plateia não fazia mais parte dos espetáculos. Os quatro primeiros shows da oitava temporada tiveram apenas transmissão ao vivo devido à pandemia de Covid-19. Neste sábado (25), na área externa do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho, em Caxias do Sul (RS), com uma série de cuidados (leia abaixo), acontecem dois espetáculos e a Feira Criativa que já é tradicional nas edições de verão.
A Mostra Tum Tum 8 é realizada pela Tum Tum Produtora, pelo Sesc/RS e pelo Centro de Cultura Ordovás e tem recursos captados via Lei de Incentivo à Cultura (LIC) estadual, por meio do Pró-Cultura RS, e via LIC municipal, com patrocínio da Sulgás e apoio cultural de Metadados e Unimed. A programação deste sábado começa às 16h e a transmissão ao vivo será realizada mesmo com a presença do público. Quem quiser curtir em casa pode acompanhar no YouTube do Sesc/RS (https://youtube.com/sescrs) e no Facebook do Sesc Caxias (https://www.facebook.com/sesccaxiasdosul).
O María Betania Trio chega um show que mescla músicas autorais e do repertório tradicional latino-americano. Natural da Venezuela, María Betana tem contato com a música desde os oito anos de idade. Começou a carreira tocando violino em orquestras. “Nossas composições mostram a diversidade da procura pessoal de cada um de nós, que se enlaça pelo interesse na pesquisa dos ritmos do nosso continente”, afirma. A artista vai tocar ao lado do violonista paraguaio Orlando Martinez e do contrabaixista brasileiro Gabriel Rezende. Entre os ritmos a que se refere, estão o joropo venezuelano, de sua terra natal, o festejo peruano, a polka paraguaia, a zamba argentina e, claro, a MPB brasileira. A relação com a música daqui surgiu naturalmente, quando ela veio morar no Brasil. “A MPB veio junto com o processo de imigração e aproximação com a cultura brasileira, mas eu também já tinha um interesse pelas sonoridades dessa música quando morava na Venezuela”, conta.
As vivências sonoras de María Betania e dos seus companheiros de Trio se misturam, passam pelas culturas do continente e chegam à Tum Tum no mesmo dia de um outro grupo que mescla sons e culturas. O Triúna Mantra é de Caxias do Sul e vai tocar suas músicas instrumentais e mantras. As composições têm cítara e viola, dois instrumentos de corda, ao lado de percussão e baixo. “A nossa música une escalas indianas com ritmos brasileiros”, detalha Vinicius Rocha, integrante do grupo ao lado de Cíntia Pretz, Sandra Luisa Kuwer e Guido Bracagioli.
Ele adianta que o público será convidado a vocalizar os mantras e participar do espetáculo, pois escutar já tem um efeito, mas o poder vem quando as palavras são pronunciadas. “O poder do mantra está na vocalização, o som faz vibrar a sua energia, o seu corpo energético. Vamos dar uma breve explicação sobre cada mantra e a mitologia indu, falar da letra e convidar o público a interagir, criando uma força de grupo”, adianta Vinicius. Em caso de chuva, os shows acontecerão no Zarabatana Café, com limitação de público, e a Feira Criativa será cancelada.
