Maria Rita Stumpf regrava San Vicente em homenagem a Milton Nascimento

Com o lançamento do álbum “Ver Tente” marcado para fim de maio, a cantora gaúcha Maria Rita Stumpf está nas plataformas digitais com mais uma faixa do novo trabalho, o single “San Vicente”, precedido por outra releitura, “Pavão Mysteriozo”, lançado em 31 de março. Parceria de Milton Nascimento e Fernando Brant, “San Vicente” foi lançada em 1972, no clássico álbum assinado por Milton Nascimento e Lô Borges, marcando a estreia do Clube da Esquina.

Celebrando os 50 anos deste lançamento icônico da música brasileira e em homenagem aos 80 anos de Milton Nascimento, Maria Rita Stumpf propõe uma concepção diferente, ao lado do pianista Farlley Derze, em um arranjo que começa em uma igrejinha brasileira no topo de uma colina. A canção cresce acompanhando a cantora, que se imagina saindo da igrejinha para dançar animada pelo ritmo do bombo leguero e do charango numa festa popular e em seguida adentra uma solene catedral, chamada pelo toque do sino.

Composta a pedido de Norma Bengell para a trilha sonora da peça “Os convalescentes”, do dramaturgo mineiro José Vicente, a canção original se passava em uma cidade latino-americana chamada San Vicente, mas na verdade uma metáfora do Brasil. Com o sucesso, a música despertou interesse de jovens músicos e poetas de países vizinhos pela obra de Milton Nascimento. “San Vicente” é nome de municípios em diversos países da América Latina, e a música saúda o sonho de uma América unida, um coração americano.

Dois anos após seu elogiado álbum “Inkiri Om” –, lançado em 2020 durante a pandemia, e no embalo da redescoberta de seu primeiro álbum “Brasileira” (1988) por DJs e produtores de influentes pistas europeias (2017) – Maria Rita Stumpf lançará no fim de maio seu novo álbum “Ver tente”.

Quem é Maria Rita Stumpf

Gaúcha de São Francisco de Paula, atualmente radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf teve, em 2017, sua carreira redescoberta mundialmente a partir de remixes de música eletrônica, com a consequente reedição de seu álbum “Brasileira” em LP e o lançamento, no exterior, do EP “Brasileira – Remixes”, abrindo caminho para o seu retorno aos palcos e estúdios. O álbum de 1988 foi gravado por Ricardo Bordini, o Grupo Uaktí e Luiz Eça, com quem desenvolveu longa parceria até 1992, quando Eça faleceu. Em 1993 lançou o CD “Mapa das Nuvens”, com músicos como Marcos Suzano, Danilo Caymmi, Farlley Derze, Lui Coimbra, André Santos e Eduardo Neves, preservando as gravações com Eça e Grupo Uaktí pois o vinil desaparecia, substituído pelo Compact Disc.

Porém, a partir de 1993 começou a se dedicar integralmente à atividade de produção frente à Antares, afastando-se dos palcos como artista, mas trazendo ao Brasil e países da América do Sul os mais importantes nomes da cena artística mundial, como Mikhail Baryshnikov, Twyla Tharp, Pilobolus, American Ballet Theatre, Marcel Marceau, Jean Pierre Rampal, Philip Glass, dentre muitos outros.

Divulgação: Cezanne Comunicação 

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Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo - pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), especializada em Comunicação Organizacional pela Universidade de Caxias do Sul e licenciada em Letras pela UCS.

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