Por Marta Guerra Sfreddo
O uso de máscaras tem sido um importante aliado para evitar a disseminação do novo coronavírus. Alguns prefeitos têm tornado o seu uso obrigatório nas ruas e em espaços públicos e comerciais. Com a alta na demanda, a confecção de máscaras caseiras se tornou uma alternativa de renda para indústrias de vestuário, ateliers de costura e costureiras autônomas. Com as lojas fechadas, para muitas, foi a opção para manter a operação viva e garantir o emprego e o salários dos funcionários.
Exemplo disso é a Intuição, marca de moda feminina localizada no município de Nova Petrópolis (RS), que acaba de desenvolver uma linha de máscaras reutilizáveis de tecido, com a estamparia usada em suas coleções, para comercialização. “Em meio a um cenário tão tenso e triste que estamos vivendo, por que não adicionar um pouquinho de cor para que as coisas se tornem menos pesadas e possamos ter um pouquinho de alegria no nosso dia a dia”, argumenta a empresa ao anunciar a novidade. A cada 10 peças vendidas, uma será doada. A empresa já doou 20 mil máscaras para entidades que cuidam da saúde.
Proteção a profissionais e pacientes
Item de proteção indispensável para os profissionais de saúde, os materiais para doação têm mantido as máquinas de costura funcionando a pleno em várias empresas de confecções. É o caso da Malharia Anselmi, que utilizou 31 mil m² de tecido para a produção de pijamas, jalecos, propés, toucas e máscaras que serão utilizados por profissionais e pacientes do Hospital Geral, de Caxias do Sul, e pelo Hospital São Carlos, de Farroupilha.
Nos pequenos ateliers, as máscaras caseiras são confeccionadas em diferentes estampas, a um preço que varia entre R$ 4,00 e R$ 10,00. Com o impacto do coronavírus na economia, a criatividade e a busca de fontes alternativas de renda têm sido o caminho para os pequenos negócios se reinventarem e enfrentarem a pandemia.