O cenário para os pequenos empreendimentos no Rio Grande do Sul tem se tornado notavelmente mais otimista nos últimos meses, de acordo com o recém-lançado Índice de Confiança dos Pequenos Negócios Gaúchos (ICPN), desenvolvido pelo Sebrae RS. Este índice é uma métrica que avalia a tendência de comportamento dos impulsionadores dos pequenos negócios no estado, oferecendo insights valiosos sobre suas expectativas em relação à economia gaúcha.
A pesquisa, que se baseia na tradicional Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios conduzida pelo Sebrae RS desde 2020, analisa uma variedade de variáveis, incluindo faturamento, ocupação, ramo de atividade e o panorama geral dos negócios. Essa análise abrange tanto a situação retrospectiva dos últimos dois meses quanto as perspectivas para o bimestre seguinte, fornecendo uma visão abrangente da dinâmica econômica.
O diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, destaca a importância das informações subjacentes ao ICPN, afirmando que esses dados são essenciais para empreendedores, investidores, gestores públicos e outros interessados tomarem decisões informadas em relação aos seus interesses.
A interpretação do Índice é feita com base na referência 100. Quando o ICPN ultrapassa 100, isso indica uma tendência de expansão na atividade dos pequenos negócios, sugerindo uma expectativa positiva para o ambiente econômico. Um índice igual a 100 aponta para uma tendência de estabilidade na atividade, enquanto valores abaixo de 100 indicam uma tendência de retração, possivelmente refletindo preocupações ou incertezas nos negócios.
Os últimos dados coletados pelo Sebrae RS revelam uma tendência de melhora no ICPN nos dois últimos bimestres de 2023. A confiança subiu 1,96 pontos percentuais entre julho e setembro, passando de 102,93 para 104,89. Esse movimento de expansão reflete um panorama positivo para os pequenos negócios e demonstra a confiança dos empreendedores no futuro.
Vários fatores influenciaram essa expansão do índice, incluindo políticas governamentais de transferência de renda, valorização do salário-mínimo e programas sociais, renegociação de dívidas das famílias de baixa renda, aumento do poder de compra das famílias, redução da taxa Selic a partir de agosto e o desempenho positivo do PIB brasileiro, com uma projeção de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
A pesquisa, realizada de forma on-line entre os dias 4 e 15 de setembro, ouviu 483 clientes do Sebrae RS, com 42% atuando no setor de serviços, 29% no comércio, 21% na indústria e 8% no agronegócio. Quanto ao porte, 59% são microempresas, 24% são pequenas empresas e 17% são Microempreendedores Individuais (MEI).
